Lâmpadas e eletrodomésticos inteligentes – conectáveis a assistentes por comando de voz – já começam a se tornar comuns. As possibilidades, no entanto, já apontam para um passo mais distante. Segundo a futurista Amy Webb, nos próximos anos veremos a ascensão do que ela chama de “home of things”, num trocadilho com “internet of things” – a internet das coisas, tecnologia capaz de fazer com que equipamentos troquem informações e sugiram ações inteligentes. O futuro, segundo ela, será conectado, tecnológico e voltado à sustentabilidade – e a hábitos mais saudáveis.
Nessa casa do futuro, dispositivos poderão rastrear hábitos e equipamentos com a intenção de apontar maneiras de gastar menos energia, sugerir rotinas de sono, indicar a música mais adequada para o momento que você está vivendo e até equipamentos que avisam quando os alimentos estão acabando.
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Novos métodos construtivos – incluindo o uso de robôs e a própria impressão 3D também mudam a forma como concebemos e erguemos nossas moradias. O avanço da tecnologia em torno da produção de energias limpas, como a solar, amplia a possibilidade de geração própria a um custo menor e, portanto, em escala muito maior.
Na frente da energia, já se fala no acesso à eletricidade sem fio. Startups e pesquisadores olham para a transferência de energia dessa forma – usando a mesma tecnologia que permite o carregamento da bateria de celulares por indução. No futuro, a inovação poderia ser aplicada em toda a casa. E em última análise, permitiria que as cidades tivessem ruas e estradas que fossem capazes de recarregar os carros elétricos.
Nesse campo também existem as possibilidades do metaverso. De acordo com dados do site DappRadar, em apenas uma semana de novembro de 2021 a Decentraland e o The Sand Box movimentaram US$ 100 milhões com a venda de lotes virtuais. Naquele mês, a Republic Realm, fundo de investimento em imóveis digitais, comprou um terreno por US$ 4,3 milhões – a maior venda registrada até agora. Segundo o The Wall Street Journal, o espaço pertencia à Atari.
Com as mudanças climáticas, o crescimento da população e novas tecnologias, as principais tendências para as casas do futuro são sustentabilidade, acessibilidade e conexão
Sustentabilidade O impacto gerado pelo processo de construção e pela manutenção das casas é um dos maiores do planeta (% do total de emissões de carbono)
Conexão Internet das coisas, inteligência artificial, machine learning e outras tecnologias começam a ser usadas para ampliar a busca de consumidores por bem-estar, sustentabilidade e conveniência
(1) Estimativa; Fonte: Fortune Business Insights
Acessibilidade O déficit de moradias global já é alto – e só deve crescer
- 3 bilhões de pessoas – aproximadamente 40% da população mundial – precisará de uma casa com condições adequadas de higiene e conforto até 2030 - 96 mil casas novas por dia precisarão ser construídas para atender a essa necessidade - 100 milhões de pessoas não têm onde morar Fonte: UN Habitat